A Indústria da Moda é uma das que mais se modifica com o passar dos anos. Isso porque, diariamente, surgem novas tendências, hábitos e comportamentos de consumo que se refletem na nossa maneira de vestir, já que a moda é um fenômeno cultural.
A expansão da Inteligência Artificial veio para revolucionar esse mercado de uma maneira que ninguém pensava ser possível.
Nesse texto, produzido em parceria com o CITi, EJ de Tecnologia de Pernambuco, nós mostramos como essa tecnologia está ligada ao ramo da Moda!
O que é IA, afinal?
A Inteligência Artificial – IA para os íntimos – é um ramo de pesquisa da ciência da computação. Ela busca fazer com que dispositivos eletrônicos, como computadores, celulares e tablets, funcionem e operem de maneira semelhante ao raciocínio humano.
Isso significa que essas tecnologias são capazes de realizar ações que antes eram apenas nossas, como reconhecer rostos e vozes, entender a linguagem falada, conversar e aprender com essas interações.
Sabe a Siri, do iOS, que você adora pedir pra fazer um beatbox? Ela é um bom exemplo de IA! Essa assistente pessoal reconhece sua voz, entende o que você diz e te dá uma resposta personalizada.
A Inteligência Artificial, entre muitas outras funcionalidades, veio para otimizar nossa experiência com a tecnologia. A seguir, veremos como ela pode ser aplicada à Indústria da Moda, e quais os impactos gerados no mercado do futuro.
Qual a relação com a Moda?
No ramo da Moda, essa tecnologia vem sendo utilizada de modo a entender melhor o nosso comportamento e, assim, criar processos mais assertivos e eficazes.
Desde a pesquisa de tendências, que se tornou mais certeira, até a criação de sistemas que personalizam nossa compra, a IA atua como um agente da boa experiência do cliente, gerando mais resultados com menos custo e menos desperdício.
Vamos ver alguns exemplos:
1. Pesquisa de tendências
O objetivo principal da pesquisa de tendências é definir quais serão as bases das coleções futuras, certo?
Então, nessa etapa, a IA nos ajuda a entender e mapear quais tipos de coleções têm maior probabilidade de agradarem ao público.
Querem um exemplo prático? Em Santa Catarina, o Coleção.Moda criou um robô chamado Donna, que elabora cartelas de cores e mix de produtos, baseado no estudo de informações de grandes desfiles de moda! Surpreendente, né?
Além disso, a partir da análise dos algoritmos – dados coletados das nossas interações com um determinado produto – essa tecnologia é capaz de identificar quais itens foram mais aceitos e/ou rejeitados pelos consumidores. Se um produto teve uma grande taxa de devolução, por exemplo, ele provavelmente ficará de fora da próxima coleção.
2. Fabricação e venda
Essa etapa funciona de maneira semelhante à anterior. Assim como podemos ter em mente quais serão as tendências de moda presentes na nossa coleção, também podemos fazer previsões da demanda de cada peça e, assim, criar estoques mais personalizados.
Ou seja, acabaram os dias de fazer compras de última hora para atender a grandes demandas inesperadas, ou mesmo de lidar com as sobras e o desperdício de material de uma peça que não teve tanta procura assim!
E mais: com a Inteligência Artificial, é possível monitorar a qualidade das peças a serem fabricadas, pois ela pode detectar defeitos nos tecidos e até garantir que as cores finais coincidam com as projetadas. Até a Amazon resolveu entrar para o ramo, e usa da IA para detectar tendências de mercado e anomalias nos itens vendidos.
3. Compra
Para os consumidores, comprar nunca foi tão fácil! Hoje, existem sistemas de IA que nos ajudam a tomar decisões mais rapidamente.
Na Índia, por exemplo, foi criada a Vue.ai, uma plataforma que atua na experiência do cliente. Falaremos disso mais adiante!
Sabe aquela cena das Patricinhas de Beverly Hills, em que a Cher consegue ver em uma tela como a roupa ficará no seu corpo, sem precisar experimentá-la? Essa é uma das funções da Vue.ai! Parece coisa de ficção científica, mas tudo isso é muito real.
Experiência do consumidor
Quando pensamos em experiência do usuário, é fácil lembrar em usabilidade: se é simples de entender, se têm fluxos fluidos e bem estabelecidos, se o usuário terá facilidade em utilizar o que lhe foi proposto. Mas não é apenas a usabilidade que garante uma boa experiência.
Para um bom produto, é necessário pensar na sua necessidade e desejabilidade, se é algo que irá solucionar seus problemas e deixá-lo satisfeito com a forma que foi realizada, e o fará querer utilizar o produto novamente. É essencial encantar e fazer a diferença na vida do consumidor.
A melhor forma de garantir uma boa experiência é solucionando um problema que o usuário tem no seu dia a dia, entender suas dores e entregar um produto que o ajude e facilite sua vida.
Um exemplo são os sistemas inteligentes de busca visual. Já se encontrou desejando uma peça de roupa que viu no Instagram ou no Pinterest, mas não sabe onde a pessoa comprou? A Screenshop tem a proposta de solucionar esse problema para você. Essa ferramenta pode escanear suas imagens e te direcionar para uma página com um item semelhante. Ao fazer isso e entregar um produto fácil de usar, assegura-se uma boa experiência do usuário.
Outro bom exemplo é a True Fit. Há várias pessoas, principalmente as mais velhas, que não são acostumadas com tecnologia, e têm medo de comprar roupas online, já que não há como experimentar. A empresa soluciona esse problema pedindo suas medidas e compreendendo a forma do seu corpo, além de buscar entender seu estilo próprio e tendências de compra. Dessa forma, através do uso de Inteligência Artificial, ela consegue garantir uma experiência personalizada para os consumidores.
Quais os impactos no mercado?
Apesar dos pontos positivos que a IA nos traz, como a precisão nos resultados e a redução do nosso esforço, também existem impactos negativos e preocupantes da sua expansão no mercado.
A tecnologia veio para nos ajudar a otimizar nossos trabalhos. No entanto, com a rapidez com que ela é desenvolvida, algumas máquinas e sistemas já são capazes de substituir totalmente o nosso serviço, causando risco de desemprego para inúmeras pessoas.
Além disso, a confiança que depositamos na internet pode prejudicar a nossa privacidade e segurança, e nos fazer dependentes da tecnologia para tomar decisões.
Esses são pontos aos quais geralmente não nos atentamos. Afinal, todos nós gostamos de ferramentas que facilitam a nossa vida.
Mas isso não significa, necessariamente, que a Inteligência Artificial seja ruim. Na verdade, isso só o tempo nos dirá!
E aí, o que acharam?
Gostaram desse tema? Já conheciam todas as possibilidades de uso da IA?
Fiquem atentos ao blog do CITi, também! Na semana que vem, teremos outro post em parceria com eles, com o tema Design Metamórfico.